sexta-feira, março 06, 2015

Naquela mesa...



“Naquela mesa tá faltando ela
E a saudade dela tá doendo em mim...”

1 mês de muitas, imensas saudades...

Ainda está sendo muito difícil me acostumar com sua ausência, cada vez mais presente. Sei que não tínhamos mais a convivência diária da infância e da juventude, mas saber que você estava ali, no lugar em que sempre esteve, era reconfortante pra mim. No seu lugar, só ficou um vazio que nunca mais vai ser preenchido.

Não perdi apenas a minha tia-mãe, amiga de todas as horas, a mulher mais forte que já conheci e a pessoa que me mais me amou nessa vida, sempre incondicionalmente. Perdi meu anjo protetor, que me ligava preocupada sempre que alguma coisa acontecia na cidade em que vivo. Perdi a pessoa que reclamava, sempre docemente, da minha ausência e chorava quando eu ia embora e nas vezes em que eu reclamava de não poder estar por perto pelo excesso de trabalho, me respondia resignada: “mas não foi essa a vida que você sempre quis?”.

Não perdi apenas o maior amor do mundo, perdi meu porto seguro, meu ponto de referência. Aprendi nesses dolorosos 30 dias sem você que minha felicidade nunca mais vai ser plena e que os momentos felizes que eu viver não passarão de uma anestesia momentânea para aliviar a dor e o vazio provocado pela sua ausência. Sempre que ficar feliz por alguma conquista, vou me lembrar que minha felicidade nunca será completa porque você não está mais aqui pra celebrar comigo.

Não perdi apenas você. Perdi um pedaço de mim. Mas sei que vou sempre levar um pedaço de você comigo. Onde estiver, você também estará. Parte de mim também é você. Obrigado por tudo, principalmente, pela mais completa tradução do amor que me ensinou apenas sendo você. Sei que o tempo vai aplacar a dor, mas a saudade... essa vai ser minha companheira pelo resto da vida. Te amo muito. Ontem, hoje e sempre! Descanse em paz, Tia Marilza!

“Eu canto, grito, corro, rio... e nunca chego a ti.”

(Caetano Veloso – Mãe)